Geraizeiros são atacados em Fruta de Leite

Residência e veículo ficaram totalmente destruídos pelas chamas

Durante o carnaval (14 e 15 de fevereiro) lideranças geraizeiras sofreram atentados no povoado Martinópolis, zona rural de Fruta de Leite. Os principais suspeitos são grileiros de terras públicas quer atuam na região, dizem as próprias vítimas, que são conhecidas na região devido a luta em defesa de seus territórios tradicionais.

Uma das vítimas foi Alceu Batista Franco, de 42 anos, que foi atacado por dois homens que o seguiam de moto na noite de 14 de Fevereiro, quando se deslocava da casa de seu pai para a sua residência. Ele foi derrubado de sua moto com golpes de barra de ferro nas costas, mas, após cair do veículo, conseguiu fugir pelo matagal. Alceu relata que “vem sofrendo ameaças há mais de um mês”.

A outra vítima foi Valdivina Dias Batista, de 62 anos, trabalhadora rural e forte liderança sindical e do Movimento Geraizeiro. Dona Vina, como é conhecida popularmente, encontrou a sua casa completamente destruída pelo fogo depois de voltar da missa, na manhã do dia 15 de Fevereiro. O incêndio destruiu praticamente toda a casa, deixando a vítima e sua família apenas com a roupa do corpo. Os autores teriam usado a gasolina do veículo Fiat que estava na garagem para incendiar a residência. O veículo também ficou totalmente destruído pelas chamas. Documentos pessoais e cartões bancários da família foram queimados.

Segundo Orlando Santos, uma das principais lideranças do movimento geraizeiro do município de Novorizonte, não existem duvidas quanto à motivação dos crimes. “Desde 2011 nosso movimento luta contra a grilagem das terras devolutas e temos vindo a sofrer constantes ataques e ameaças”, disse Orlando, ressaltando que a atuação está mexendo com interesses de poderosos.

Os locais dos crimes foram periciados, mas os autores ainda não identificados.

Comentários

  1. Se forem pegos os autores vão responder apenas por crime da dano, crime considerado pequeno e não dá cadeia, assim como receptação, furto, desacato, embriaguez ao volante, lesão corporal e outros. Ou seja, o crime compensa.

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  2. Depois de explorar a regiao e deixar povoados miseraveis no lugar, depois de explorarem a pobreza e destruir as nascentes, agora, ao fim dos contratos com o estado de MG essas empresas apelam para o artifício da grilagem e para o terrorismo contra a população historicamente marginalizada. Triste para todos nós.

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  3. Essa é mais uma prova de que vivemos numa região sem lei

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  4. A matéria fala que os autores ainda não foram identificados e pelo visto vão continuar sem identificação porque aqui não investiga crime contra pobres mesmo todos sabendo quem são os autores, essa é a verdade

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  5. Depois que eles destroen a natureza destroen as nascentes das águas, pra que eles querem essas terras sem água que daqui pra frente vão virar deserto se depender do governo.Eles não fazem nada pela popolação só querem e nosso voto e nda mais

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  6. isso e o brasil que nos vive e duro ve essas coisas desses povo eles não merecer isso ainda mais que mora em um lugal que nao tem nem um povo para ajuda modo disso que eu falo na hora que acontecer uma coisa pior ai vai ser mais rui os pessoal não merece isso amos colocar mais policias para ajuda essas pessoas...

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