Esopo: Senador do PDT acusa PSDB de Minas de irregularidades no Projovem

Senador Acyr Gurgacz afirmou que o Ministério do Trabalho não fez contrato com "nenhuma ONG" e que foi "especialmente" no governo mineiro
O líder do PDT no Senado, Acyr Gurgacz (RO), partiu para o ataque na manhã dessa sexta, dia 27.

Diante das acusações de irregularidades em convênios com organizações não-governamentais (ONGs) no Ministério do Trabalho, comandada pelo pedetista Manoel Dias, Gurgacz afirmou que o ministério não fez contrato com "nenhuma ONG" e que foi "especialmente" no governo mineiro, gerido desde 2003 por tucanos, que houve a contratação de entidade com problemas.

"O Estado de Minas Gerais foi quem contratou esta ONG que teve o problema, até porque as prisões que houve foi no Estado de Minas Gerais, pessoas ligadas ao governo do Estado e às prefeituras municipais. Não houve nenhum envolvimento do Ministério do Trabalho", atacou o senador no plenário do Senador, se referindo ao Instituto Mundial do Desenvolvimento da Cidadania (IMDC), um dos alvos da Operação Esopo, deflagrada pela Polícia Federal para combater fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.

Os convênios firmados pelo Governo de Minas com o IMDC foram feitos nas gestões do hoje senador Aécio Neves e do seu sucessor e atual governador Antonio Anastasia.

O líder do PDT disse que é preciso "encarar de frente essas denúncias, apurá-las com rigor e, se houver, de fato, irregularidades, afastar e punir as pessoas envolvidas, sejam elas quem forem, independentemente de partido político ou de indicação política". "As pessoas que tenham, porventura, alguma ligação com esses escândalos que apareceram na mídia nos últimos dias têm que ser punidas", completou.


Resposta do Governo de Minas

O governo de Minas firmou 15 convênios firmados com o IMDC nas gestões do hoje senador Aécio Neves e do atual, Antonio Anastasia.

O Estado informou, por meio de nota oficial, que a Controladoria do Estado tem feito auditorias desde o final de 2010 em contratos firmados com o IMDC.

O objetivo do Executivo mineiro é reaver aproximadamente R$ 15 milhões relativos aos contratos com o instituto.

O governo declarou ainda que, em abril de 2011, rescindiu unilateralmente convênio e suspendeu pagamentos ao IMDC, além de bloquear a ONG no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) para impedir que a entidade recebesse recursos de qualquer órgão da administração estadual.



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