Barragens clandestinas vão atrapalhar estratégia emergencial da Copasa para não faltar água em Taiobeiras

Foto tirada ontem no rio Pardo, abaixo da Fazenda HP
Diante da eminente falta d’água, o promotor da Comarca de Taiobeiras, José Cícero e diretores da Copasa, em acordo com o empresário Carlos Humberto, da Fazenda HP, viabilizaram uma solução emergencial objetivando evitar um novo colapso no abastecimento de água da cidade. A ideia deles é bombear 200 litros de água por segundo das lagoas permanentes de Carlos Humberto para o rio Pardo. A intenção é que as águas percorram os 44 quilômetros do rio até a captação da Copasa.

A ideia precisa ser colocada em prática antes que o rio fique seco, caso contrário, a água será totalmente embebida pela areia.

Barramentos clandestinos ajudam a matar o rio
No entanto, a ideia de jerico vai esbarrar numa questão óbvia: as águas bombeadas das lagoas de Carlos vão parar nos vários barramentos clandestinos construídos no trecho do rio entre a Fazenda HP e a estação de captação da Copasa.

Folha Regional percorreu algumas regiões e flagrou alguns barramentos feitos com sacos de areia com pouquíssima água. Ou seja: as águas das lagoas de Carlos só chegarão à captação da Copasa depois de encher todos os barramentos clandestinos.

A Polícia Ambiental consegue apenas notificar os donos dos barramentos, pois não tem autonomia de fiscalização no rio Pardo, que é federal e não existe convênio firmado com a Agência Nacional das Águas (ANA). Resumindo: A Polícia Ambiental notifica os donos dos barramentos, mas não pode multar ou demolir os mesmos.

Até o fim do dia de ontem, cinco dias após a reunião com o promotor, os diretores da Copasa nada tinham feito na Fazenda HP para viabilizar o bombeamento das águas das lagoas para o rio.
Incríveis crimes ambientais contra o rio Pardo vem sendo cometido embaixo dos narizes das autoridades

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