Ipsemg anuncia oferta de novo tipo de radioterapia para pacientes em Minas

Reunião com a Comissão de Saúde da Assembleia de Minas
              Um novo procedimento, denominado radioterapia conformada, será oferecido aos pacientes em tratamento de câncer segurados pelo Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais - Ipsemg. A informação foi dada nesta quarta-feira (22), em audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, requerida pelo deputado Arlen Santiago. A previsão é de que, a partir de 1° de julho deste ano, o Instituto incorpore em sua tabela a autorização para que os pacientes tenham direito ao tratamento, que é considerado mais moderno e eficaz do que a radioterapia convencional.
            O assessor-chefe de Poíticas e Regulação em Saúde do Ipsemg, Fernando César Vicente de Paula, explicou que, a partir da inclusão, a radioterapia conformada vai integrar o grupo de procedimentos com cobertura obrigatória.
            O deputado Arlen Santiago destacou a importância da inclusão da radioterapia conformada, uma vez que os estudos internacionais demonstram sua eficácia. Segundo ele, o Estado tem investido para agilizar e facilitar o acesso dos pacientes ao diagnóstico e ao tratamento de câncer. Entre as ações já realizadas, o parlamentar citou a utilização de caminhões equipados com mamógrafos, que percorrem o Estado.
            O deputado Carlos Mosconi concordou que, embora sejam grandes as diferenças regionais e a escassez de recursos, estão sendo registrados avanços importantes em Minas.
            A coordenadora da Média e Alta Complexidade da Secretaria de Estado de Saúde, Maria Ângela Nogueira, disse que o Sistema Único de Saúde - SUS tem 31 hospitais habilitados para o tratamento de câncer e que há previsão de ampliação do serviço.

Cirurgia

            O deputado Arlen Santiago questionou o baixo número de cirurgias oncológicas e a baixa remuneração do procedimento no Estado. Segundo o deputado Doutor Wilson Batista, uma pesquisa do Tribunal de Contas da União identificou que 70% do custo dos tratamentos referem-se à quimioterapia, seguida da radioterapia. A cirurgia de câncer aparece atrás desses procedimentos. Carlos Mosconi disse que o problema é, muitas vezes, a falta de cirurgiões oncologistas.
            O assessor do Ipsemg informou que o órgão realiza estudos para melhorar a oferta e a remuneração da cirurgia.

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